As vendas no varejo de material de construção cresceram 5,5% no mês de novembro, na comparação com outubro. O desempenho ficou 6% acima do registrado em novembro de 2015. Os dados são da pesquisa mensal da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), realizada pelo instituto de pesquisas da entidade com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil e Anfacer. O estudo ouviu 530 lojistas de todas as regiões do país entre os dias 25 a 30 de novembro.
Segundo o levantamento, as regiões Sul e Nordeste tiveram os melhores resultados do mês, seguidas pelo Norte. Já Centro-Oeste e Sudeste apresentaram vendas pouco superiores ao mês passado.
“Tivemos uma retomada importante no mês de novembro, mas ela não deve se repetir em dezembro, pois o consumidor não quer obras em casa a partir do dia 23, por conta da proximidade com o Natal. Por conta disso, podemos praticamente fechar os números de 2016, e provavelmente fecharemos o ano com queda de 8% sobre 2015”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, lembrando que o faturamento do setor no ano passado foi de R$ 115 bilhões.
Conz também ressalta que, desde que a associação iniciou o acompanhamento anual da série histórica do varejo, em 1994, esta é a primeira vez que o setor registra retração em dois anos seguidos. Apesar disso, as perspectivas para 2017 são positivas. “Os impactos do lançamento do Cartão Reforma e da retomada do Construcard devem começar a serem sentidos já no início do ano. Para completar, outros grandes bancos estão procurando a Anamaco para alocar fundos aos seus correntistas para a compra de material de construção. A maior oferta de crédito e os juros menores devem influenciar positivamente as nossas vendas”, declara o presidente da Anamaco, completando: “Estamos projetando um crescimento de 3% no primeiro semestre e de 6% no segundo semestre de 2017 e a previsão para o ano que vem é de 5% de crescimento sobre 2016”.
Ainda de acordo com o estudo da Anamaco, cerca de 39% dos lojistas entrevistados pretendem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses e 11% pretendem contratar funcionários em dezembro. Já o otimismo com relação às ações do Governo nos próximos meses retraiu de 55% para 50%.
Fonte: Anamaco